quinta-feira, 25 de abril de 2013






Administrando Conflitos

Por
Jamisson Queiroz
Jon Vernon
Bruno Vilaronga

Os conflitos existem desde o surgimento do homem e, ainda, é algo que ocorre com muita frequência em nosso dia a dia e, muitas vezes, não é abordado de forma profissional. Para podermos superar os obstáculos profissionais, faz-se necessário o emprego de alguns procedimentos que visem a facilitar a administração de tais conflitos. Os conflitos podem ser gerados por situações como estresse, medo das mudanças, falhas na comunicação e diferenças de personalidades, pode ser de toda natureza, desde pequenas discussões sobre a melhor forma de realizar um processo, até grandes divergências sobre a estratégia da organização. Sempre que existir uma diferença de prioridades ou objetivos, existirá um conflito.
O termo conflito tem sua raiz etimológica no latim, conflictos, que significa desacordo, choque. O vocábulo, na língua portuguesa, expressa “profunda falta de entendimento entre duas ou mais partes...” (HOUAISS, 2001, p. 797).
  A definição detalhada de conflito é um processo de oposição e confronto que ocorre entre indivíduos ou grupos nas organizações, quando as partes envolvidas exercem poder na busca de metas ou objetivos valorizados e obstruem o progresso de uma ou várias metas. Isso é de fácil visualização nas organizações sejam elas com ou sem fins lucrativos (DUBRIN, 2003).
As diferentes abordagens na conceituação de conflitos:
·         Visão Tradicional: uma das visões mais antigas, anos 30 e 40, na qual os seus princípios defendem que o conflito deve ser evitado, por indicar disfunção no grupo ou na organização.
·         Visão de Relações Humanas: a teoria das relações humanas, anos 40 e 70, defende que o conflito é natural, uma realidade que não se pode evitar que é natural em qualquer grupo ou organização e este não tem de ser negativo, pode ser mesmo uma força positiva para o aumento da produtividade.
·         Visão Interacionista: aqui não só surge uma abordagem nova e diferente, mas também avançada sobre a perspectiva de gestão contemporânea de pessoas, no que concerne à definição de conflitos, onde trata o mesmo não como danoso às organizações ou difícil de ser evitado, mas como uma forma de contribuição positiva para a mudança e inovação.
Os conflitos estão relacionados a questões pessoais e de relação interpessoal envolvendo autoestima, afirmação, valores, insatisfação dentro do ambiente de trabalho, comunicação deficiente entre outras. É importante, em primeiro lugar, identificar qual é o tipo e a causa do conflito para que se possa desenvolver uma estratégia no sentido de administrá-lo da melhor forma possível visando sua minimização.

Dentre os vários tipos de conflitos pode-se mencionar três níveis principais:
1.    Conflito Percebido: os elementos envolvidos percebem e compreendem que o conflito existe porque sentem que seus objetivos são diferentes dos objetivos dos outros e que existem oportunidades para interferência ou bloqueio.É o chamado conflito latente, que as partes percebem que existes potencialmente.
2.    Conflito Experenciado: quando o conflito provoca sentimentos de hostilidade, raiva, medo, descrédito entre uma parte e outra.É o chamado conflito velado, quando é dissimulado, oculto e não manifestado externamente com clareza.
3.    Conflito manifestado: quando o conflito é expressado através de um comportamento de interferência ativa ou passiva por pelo menos uma das partes.É o chamado conflito aberto, que se manifesta sem dissimulação.
As situações de conflito surgem por diversos pretextos, chamadas por de “condições antecedentes dos conflitos as quais tendem a criar percepções diferentes entre indivíduos e grupos”, e constantemente estão presentes nas empresas sob quatro condições:
1.    Ambiguidade de Papel: as pessoas podem perceber que estão desenvolvendo atividades com propósitos inconciliáveis, quando , por exemplo, para elas não fica clara sua expectativa em relação ao trabalho executado na organização (CHIAVENATO, 2004).
2.    Objetivos concorrentes: com o crescimento da empresa, fica claro que, os grupos se diferenciam no modo de trabalhar, uma vez que buscam se especializarem cada vez mais em suas atividades para atingirem seus objetivos.
3.    Recursos compartilhados: a carência de recursos humanos, créditos orçamentários, máquinas entre outros, disponíveis dentro da empresa, os quais necessitam ser compartilhados entre os grupos, pode ser considerado um fator preponderante para a geração de conflitos internos dentro da organização (CHIAVENATO, 2004).
4.    Interdependência de atividades: isto significa que pessoas ou grupos de uma empresa dependem umas das outras para concluírem suas atividades e alcançarem suas metas. Em outras palavras, o desempenho e o sucesso da realização das tarefas possuem interdependência, situação que pode auxiliar ou prejudicar na realização e conclusão do trabalho (CHIAVENATO, 2004).
As consequências do conflito no interior da empresa podem ser positivas e negativas.
Algumas situações em que o resultado do conflito é positivo:
      Quando estimula grupos e pessoas a encontrarem meios eficazes e inovadores de desenvolverem suas tarefas, em ocasiões que enfrentam conflitos intensos, porém esta situação aumenta a criatividade;
      Quando motiva o grupo a praticar ações em conjunto, no sentido de solucionar o conflito, e como resultado os indivíduos tornam-se mais coesos;
      Quando ocorre como meio de chamar a atenção para as áreas problemáticas da empresa e os indivíduos utilizam o conflito como instrumento de correção para evitar problemas mais graves.
Conflito pode trazer resultados negativos:
      Gera consequências que impedem o bom desenvolvimento da empresa, uma vez que as pessoas e grupos podem produzir sentimentos hostis, de frustração e tensão diante de seus esforços e desempenho bloqueados em uma situação de conflito;
      Interfere na produtividade do grupo e das pessoas, pois as metas ficam de lado e grande parte da energia originada pelo conflito se dispersa nele mesmo, prejudicando o desenvolvimento da energia que poderia ser aproveitada na realização do trabalho produtivo;
      Prejudica o funcionamento da empresa quando atitudes de cooperação são substituídas por comportamentos do tipo egoísta, afetando, desse modo, a natureza dos relacionamentos intergrupais.
Algumas ações na administração dos conflitos são essenciais para que o final seja positivo. Vejamos como é fácil e simples de resolver um conflito o quanto antes, se você traçar uma meta:
  1. Dialogar:
  2. Identificar os conflitos:
  3. Monitorar o ambiente:
  4. Investigar a situação:
  5. Planejar sua abordagem:
  6. Administrar o problema:
  7. Permitir que todos opinem:
  8. Descobrir o caminho a seguir.
Uma boa Administração de Conflitos é essencial para as pessoas e as organizações como fonte geradora de mudanças, pois das tensões conflitavas, dos diferentes interesses das partes envolvidas é que nascem oportunidades de crescimento mútuo, para administrar conflitos de forma assertivas. Analise a situação, desenvolva a habilidade de ouvir e procure soluções ao invés de culpados.   A administração de conflitos consiste exatamente na escolha e implementação das estratégias mais adequadas para se lidar com cada tipo de situação.


Referencias

      ANINGER, Laila. Gerenciando conflitos. Disponível em: <http://www.linhadireta.com.br/novo/livro/parte4/artigos.php?id_artigo=16>.acesso em: 24/06/2007.
      BERG, Ernesto Artur. Administração de conflitos parte II. Disponível em: http://www.administradores.com.br/membros.jsp?pagina=membros_espaco_aberto _corp...>. Acesso em: 24/06/2007.
      HOUAISS, A. e VILLAR, M. de S. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.